9 Dicas para Aumentar a Confianca da Crianca antes de um Teste

Quem nunca teve uma "branca" durante um teste? Ou a sensação de o coração bater tão forte que parece querer sair pela boca?  Durante o período de avaliações pode acontecer as crianças sentirem-se ansiosas, stressadas, apreensivas.

Muitos pais enfrentam um dilema: querem que os filhos estudem e tenham desde cedo consciência dos seus deveres, mas mais do que tudo querem vê-los bem, com saúdefelizes. 

Para se livrarem do stress, muitas crianças precisam de um incentivo, dito de outra forma, de um aumento extra de confiança - só assim ganharão a força e determinação suficientes para enfrentar os desafios que se lhes colocam. Frequentemente, para que consigam ultrapassar as suas dificuldades, é necessário construir uma autoconfiança. Esse processo motivacional depende de inúmeros fatores. 

O papel da família é muito importante. Compete aos pais encontrar as estratégias adequadas para cada caso concreto, ajudando as crianças a conquistar a confiança de que necessitam para se tornarem bons alunos. Sem motivação, não conseguimos ter disposição para realizar tarefas, por muito insignificantes que sejam. Uma criança segura, motivada, confiante, feliz e com boa autoestima depende da estabilidade desse contexto familiar.  Se queremos alunos motivados, temos de ser o suporte emocional que eles precisam.

 

Eis algumas ferramentas motivacionais para aumentar a confiança das crianças:

1- Acredite nas suas capacidades - é fundamental que demonstre apoio e confiança à criança, encorajando-a sempre a vencer os obstáculos. Lembre-se que as suas palavras têm um peso especial e se, por exemplo, elogiar o esforço desenvolvido no estudo para um teste estará a transmitir à criança que confia nela e está atenta a tudo o que a envolve. Nunca hesite em mostrar que acredita nas suas capacidades. Compreende-las, reconhecê-las, reforçá-las e elogiá-las é uma das principais missões de um progenitor. Um aluno motivado consegue demonstrar maior capacidade de atenção/concentração nas atividades escolares.

2- Reforço positivo - as boas avaliações devem ser premiadas com reforço positivo, com reconhecimento, mas nunca com bens materiais.  Trocar boas notas por brinquedos ou outras coisas que a criança quer comprar não é uma estratégia que produza efeitos construtivos. 

3- Promova métodos de estudo eficazes - há conteúdos programáticos que podem ser estudados de forma inovadora, por exemplo com recurso às novas tecnologias e novos equipamentos, permitindo à criança desenvolver o gosto pela aprendizagem e em geral pela escola. Escrever e ler em tablets em vez do caderno, ter acesso a plataformas online de educação e outras novas tecnologias permitem estimular a atenção dos alunos e motivá-los para o conhecimento. Procure entusiasmá-los para as novas matérias, antes e durante o ano letivo, não esquecendo que ao longo do percurso escolar a criança vai mudando de interesses e de gostos.  À escola também cabe o papel de proporcionar aos alunos aulas mais dinâmicas, com mais atividades de grupo, estimulando-os a serem mais participativos e autónomos.  

4- Recorra à música - a música pode ser relaxante, mas também uma preciosa ferramenta para elevar os índices motivacionais. Experimente criar uma playlist com as canções favoritas da criança à qual pode recorrer, em várias circunstâncias, por exemplo no caminho para a escola em dia de teste. Por vezes, ouvir música num volume mais elevado transmite boas energias, contribuindo assim para esse desejável aumento da confiança.

5- Conte histórias de superação - mostre à criança que alguns dos seus ídolos também tiveram dificuldades na escola e que as conseguiram superar, realizando anos mais tarde os seus sonhos de vida. Esses exemplos que envolvem pessoas que admiramos podem representar um estímulo para os novos desafios e uma boa ajuda nos momentos mais difíceis. Permita que a criança perceba que o baixo rendimento escolar não é um problema insolúvel, mas sim, um desafio a ultrapassar que faz parte do processo de aprendizagem.

6- Defina metas realistas e equilibradas - A definição de objetivos impossíveis de alcançar pode afetar a motivação para o estudo. Nunca peça mais do que aquilo que sente que a criança pode dar. A interação contínua com a escola é fundamental para a educação da criança. Sozinhos, os professores, não conseguirão incutir nos alunos o ambicionado sucesso educativo. O esforço tem de ser coletivo. 

7- Incentive uma atividade física - As rotinas escolares costumam gerar cansaço físico e psicológico. Por isso, é importante que os alunos pratiquem uma atividade extracurricular que os ajude a controlar a ansiedade e o stress do quotidiano.

8 - Faça uma lista das conquistas alcançadas nos últimos meses -Recordar as tarefas bem-sucedidas (escolares ou não) pode ser um importante impulso para ganhar motivação e transpor novos obstáculos. Registe nessa lista todos os pontos fortes da criança e aqueles onde ainda tem de melhorar. Tenha sempre presente que antigamente uma pessoa era considerada inteligente com base no seu quociente de inteligência, mais conhecido como QI, mas com o evoluir da ciência vários investigadores passaram a defender que esse conceito de inteligência não era suficiente, pois não tem em conta a pluralidade das competências cognitivas humanas. Identifique as competências da criança e incentive o desenvolvimento dos seus talentos!

 9- Convide a criança a falar sobre o que aprendeu - Partilhar ideias sobre os conteúdos curriculares é um bom hábito que deve ser incentivado e que pode ajudar a melhorar a confiança dos mais novos antes de uma prova escrita ou oral. Enquanto se discutem pensamentos, o menor está também a consolidar os conhecimentos que esteve a estudar e, em simultâneo, a desenvolver a sua motivação para o dia do teste.

 

A autoconfiança é um fator importante para o sucesso na vida. Com pequenas atitudes, podemos incentivar e ajudar a criança a desenvolver uma imagem positiva de si própria.

 

Artigo escrito e pulicado pelo SEI - Centro de Desenvolvimento e Aprendizagem

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