Disortografia

PARA QUEM SÃO AS CONSULTAS DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NA ÁREA DA DISORTOGRAFIA?

No SEI, o acompanhamento na área da escrita, ou a reeducação de um quadro de disortografia, dirige-se a todas as crianças, adolescentes ou adultos a quem seja identificado um conjunto de critérios diagnóstico compatíveis com a sintomatologia disortográfica. 

Estas dificuldades manifestam-se essencialmente na escrita e na expressão escrita. A disortografia pode ainda coexistir com outros quadros de outras dificuldades de aprendizagem específicas, como a dislexia, ou dificuldades ao nível da leitura e/ ou dificuldades atencionais. Deste modo, antes de se dar inicio a um programa de reeducação da disortografia, terão de ser realizadas sessões de avaliação, que permitam identificar o perfil de aprendizagem do individuo.

No processo interventivo, procuramos envolver os pais, os professores e outros técnicos que atuem junto da pessoa com dislexia, no sentido de, com eles, desenvolver ferramentas para que sejam parte integrante na conquista de sucesso escolar e no seu apoio. 

Somos também especializados em aconselhamento parental, um apoio destinado a pais de crianças e de adolescentes, que sintam necessidade de encontrar ferramentas educativas para melhor ajudar os seus filhos.

É POSSIVEL IDENTIFICAR SINAIS DE ALERTA NA ÁREA DA DISORTOGRAFIA?

Tal como noutro tipo de perturbações, também na área da disortografia, uma avaliação precoce dos sinais de alerta apresentados pode ser essencial, na medida em que se apresenta promotora de uma maior eficácia interventiva.

Alguns dos sinais de alerta mais significativos na disortografia, podem estar relacionados com a existência de:

- dificuldade em planificar um texto escrito;
- dificuldade em organizar e expressar os seus pensamentos e conhecimentos de acordo com regras ortográficas;
- dificuldade em produzir ideias por escrito, revelando-se as mesmas pouco claras;
- dificuldade em reter regras ortográficas e gramaticais;
- erros ortográficos frequentes e variados;
- dificuldade em aplicar corretamente a pontuação.

COMO DECORREM AS CONSULTAS DE AVALIAÇÃO NA ÁREA DA DISORTOGRAFIA?

No caso do pedido de avaliação ser dirigido a uma criança, a primeira consulta no SEI é realizada sob a forma de uma entrevista semi-estruturada aos pais, no sentido de recolher informação sobre o historial da criança nas diferentes vertentes do seu desenvolvimento, procurando-se igualmente obter uma descrição do problema identificado.

Posteriormente, o técnico dá inicio à aplicação das baterias de testes e de outros suportes que poderão auxiliar na caracterização das dificuldades da criança.

O processo de avaliação direta junto da criança pode decorrer entre quatro a cinco sessões, cujo objetivo é realizar o diagnóstico e identificar os fatores associados à manifestação das dificuldades nos diferentes contextos. Durante este processo, o professor titular ou o diretor de turma são também contactados pelo técnico do SEI, com o objetivo de recolher informação acerca do contexto escolar ou outros dados relevantes.

Na última etapa desta avaliação, é realizada a entrega de um relatório aos pais, na qual é apresentada uma caracterização detalhada das áreas avaliadas e das necessidades terapêuticas traçadas numa proposta de intervenção.

Idealmente, a avaliação de uma perturbação da aprendizagem especifica com défice na escrita – disortografia, deve ser feita um pouco antes de terminar o segundo ano de escolaridade. Em fases posteriores, o diagnóstico e a intervenção podem também ser realizados, no entanto apresentam um prognóstico mais reservado.

No caso deste processo se destinar à avaliação de um jovem ou adulto, esta tem inicio logo na primeira consulta e o número de sessões de avaliação dependerá, igualmente, das especificidades de cada caso.

COMO DECORREM AS CONSULTAS DE INTERVENÇÃO NA ÁREA DA DISORTOGRAFIA?

O programa de intervenção realizado no SEI, construído com base na observação diagnóstica prévia, tem como objetivo a reeducação das áreas subdesenvolvidas e que, por isso, revelam necessidade de desenvolvimento ou otimização. Associadas ao programa de reeducação ao nível da dislexia, podem constar ainda outras estratégias de intervenção facilitadoras do processo da aprendizagem do individuo. 

Sempre que possível, a metodologia aplicada nas sessões de intervenção do SEI deve ser utilizada nos outros contextos onde a criança se insere, nomeadamente em casa e na escola.

A periodicidade da intervenção é variável, sendo definida em função dos objetivos a atingir e do perfil identificado na avaliação. O mesmo se verifica com o tempo total de intervenção, o qual pode variar de caso para caso.

Ao longo do processo de intervenção, vão sendo realizadas reavaliações periódicas, no sentido de recolher informação acerca do ritmo de desenvolvimento, das áreas que ainda carecem de intervenção e, por fim, da necessidade de continuar a beneficiar de intervenção.

A CONSULTA NA ÁREA DA DISORTOGRAFIA PODE SER PRESENCIAL, NA ESCOLA OU ONLINE?

As consultas de avaliação e de intervenção na área da disortografia decorrem nas instalações do SEI, em Carcavelos. Poderão também decorrer em regime de domicílio ou na escola, na zona de Lisboa/Cascais, desde que o programa terapêutico seja passível de ser aplicado nesses contextos. As consultas podem também ser realizadas num formato online, através de várias plataformas colaborativas especiais.